Sessão da tarde
Não sei se já falei isso aqui, mas eu sou apaixonada pelo cinema brasileiro. Acho que as condições de produzir algo bom por aqui são tão difíceis que os produtores, diretores, atores e equipe técnica tem que rebolar para produzir algo que preste. Algumas coisas muito boas foram produzidas nos últimos anos e isso só prova que quando a água bate, a gente aprende a nadar.
A coisa ficou preta na época do Collor, poucos filmes foram produzidos e hoje poder ver a quantidade de filmes de boa qualidade sendo lançados no mercado só me enche de esperança de ter trabalho na minha área o mais rápido possível e de, em breve, poder contribuir com a cultura deste país.
O momento desabafo do post anterior foi provocado por algo que eu fiz hoje. Sai do trabalho e fui ao cinema ver um filme que a tempos queria ver Abril Despedaçado do Walter Salles.
Eu achei o filme bom. Não causou o mesmo impacto do Central do Brasil, mas é muito bem feito. A única coisa que me cansou um pouco foi que o filme é escuro e, como eu estava com sono, cheguei a dar uma cochilada na parte mais "morna" do filme.
A história se passa no sertão nordestino (Uma coisa que eu me pergunto: "Filme brasileiro tem que ter poeira do sertão para ser brasileiro ? Bufo e Spallanzani provou que não) e novamente o Rodrigo Santoro me surpreendeu com a sua atuação. Sempre achava que ele era mais uma carinha bonita na TV, mas no cinema ele mostrou todo o talento que ele tem. Depois do Bicho de Sete Cabeças, ele é o meu ator preferido da nova geração (aliás, é o único que se salva). E ainda vou beijar essa boca.. hihihi
O José Dumont rouba a cena no papel de pai maluco que força a família toda a viver uma guerra de família por causa de terras. Ele faz um olho de louco que chega a assustar. Ótima atuação.
Vale a pena ver este filme. Existem semelhanças com o Central em termos de fotografia, cenário e tem um garotinho roubando a cena.
Mas, conselho de amiga, não vá com sono, senão as chances de se tirar uma boa pestana no meio do filme são grandes.
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