28.7.02

Outro dia, Lady Linda perguntou para mim se é difícil compôr um personagem. E eu digo: Lady, difícil não é, mas também não é tão fácil como as pessoas imaginam.
Quem assiste uma peça não imagina o que acontece antes para que tudo dê certo nas apresentações Vou fazer um resumão para tentar explicar como funciona.
Primeiro passo: leitura do texto. Os papéis são distribuídos pelo diretor e tem o trabalho de mesa, que é a leitura da peça para que sejam compreendidas as intenções e mecanismos da peça.
Segundo passo: A pesquisa. Toda peça se passa numa determinada época histórica e numa região geográfica. O trabalho de pesquisa consiste em ir atrás de informações sobre a época e o local onde acontece a peça para melhor ambientar a criação psicológica do personagem.
Terceiro passo: Criar a história de vida e o estado psicológico do personagem. Escrever em primeira pessoa a história do personagem, da infância até a época dos fatos narrados na peça.
Depois de escrever esta história, você precisa começar a vivenciar o que escreveu. Não basta escrever, tem que vivenciar. E decorar o texto.
Quarto passo: Ensaios propriamente ditos. Começar a dar forma à peça. Diretor começa a marcar posicionamentos no palco. Alguns dias antes da estréia é feito um ensaio geral com som e luz. Onde a peça é praticamente apresentada inteira para que os detalhes sejam arrumados.
Quinto e último passo: Apresentação para o público.

Quem assistiu à Tela e a Cela e quiser ver a história que eu fiz para a Natália, clique aqui. Alguns pequenos detalhes cronológicos foram modificados no decorrer da peça, mas a essência esta toda nessa composição. Esta composição foi escrita em 25 de março de 2002.

E a partir de hoje eu tenho uma nova gestação, que atende pelo nome de Catarine.

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