5.10.05

No guns, baby



Eu sou a favor da proibição da venda de armas e munição.
Eu voto sim.
E tenho motivos pessoais para isso.

Primeiro:
Todo mundo sabe que eu já fui espancada por um doido.
Se ele tivesse uma arma na hora, certamente, teria atirado em mim.

Segundo:
Meu irmão tinha arma de fogo em casa “para se proteger de bandidos”.
Eu fui uma adolescente bem rebelde.
Um dia, eu e meu irmão brigamos.
Sabe o que ele fez?
Pegou a arma dele, colocou balas nela e apontou para a bandida aqui.
Só não atirou porque minha mãe entrou na frente.

Por isso eu voto no sim.
Pessoas de bem não tem arma em casa.
Num acesso de fúria (que todo ser humano tem), pode acontecer uma bobagem e estragar várias vidas.

Bandido sempre terá arma, sendo proibido ou não.
Essa história de se proteger contra bandidos não existe.
O bandido não vai avisar que está entrando na sua casa.
As chances de você realmente se defender de um bandido são mínimas.
Não vejo necessidade de uma pessoa ter arma em casa.
É uma semente para a desgraça.


E vamos combinar que a capa da Veja deste final de semana mostra que tipo de “jornalismo” eles fazem?
Um veículo de comunicação não tem que ser imparcial e mostrar os dois lados da história? Não foi isso que eu li.
Foi uma campanha descarada pelo “direito” de ter arma.
Arma foi feita pra que? Para matar os outros. Então é o direito de poder matar alguém?
Na boa, acho ridículo isso.



Eu voto sim!


Vou usar um comentário que li no surra: “Quero poder xingar alguém no trânsito sem correr o risco de tomar uma bala na cara por causa disso”.

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