7.1.03

Vamos a la playa – parte 2



Na busca desenfreada por uma praia em que pudesse caminhar, fui descendo em direção ao Sul, ou seja, São Sebastião. Até que cheguei em Guaecá. Praia pequena e limpa. Ali valeu a pena parar. Gente legal e nenhuma chance de pegar bicho geográfico na bunda por ter sentado em areia poluída.
Eu não sou de ficar fritando na praia, por isso chegava sempre por volta das 16.30. O sol já tinha ficado mais fraco e eu não iria tomar uma bolinha de frescobol na testa.
Um dia resolvi ir até Maresias. O caminho até lá é muito bonito. Você pode começar a acreditar que esta na Riviera Francesa. Mas chegando em Maresias, passando mal por causa da pressão baixa, a realidade saltou aos olhos. Estava mais para Miami do que para Cote D’Azur. Não tinha lugar para parar o carro Tudo lotado. Gasolina a R$ 2.60 o litro. Um bando de novo rico que acabou de ter lucro na empresa e aluga uma mansão na praia para levar a família inteira dentro da Tope.
Com certeza, as pessoas que vão para Maresias todo final de semana não estavam lá. A maioria dos meus amigos foi ara Florianópolis (que por sinal, parece que virou uma grande São Paulo) Tinha muita gente, mas muita gente mesmo. E todo mundo posando de galã. Ninguém merece.
Eu me embucetei e fui para Paúba. Essa cidade é o máximo. Pequena e com um ar de povoado. O único problema é que você não pode pensar em morrer por lá. O hospital mais próximo fica em Boiçucanga, que é longe para caramba.
E Ilhabela? É maravilhosa mesmo. Só que eu voltei com 20 picadas de borrachudos nos pés, me deixando com duas patinhas enormes. E a coceira? Um inferno... To pensando em ir à festa amanhã de sandálias havaianas. Para poder coçar os dedos do pé... Que cena linda... Coçar o pé olhando para a Miss Kittin... affeeee
O melhor foi durante a ida na balsa. Meu primo finge ser o timoneiro e eu fiz uma performace (dentro do carro, lógico... pq show de graça eu não dou) com a música da cantora Diana (ex do Odair José) “Ainda queima uma esperança”. Foi engraçado demais. A cara do povo nos carros era cômica. Mas o mico foi ficar 1 hora na balsa de volta. Peguei trânsito na balsa e não na estrada. E ficar uma hora na fila, com chuva e sendo devorada por borrachudos provocou em mim um trauma gigante. Eu volto para lá só se for besuntada em repeletente.

Não posso negar que o litoral norte de São Paulo é maravilhoso. Existem lugares bem interessantes, mas que você, caríssimo leitor, vai ter que procurar. Não pense em ir nas praias mais famosas, pois a poluição visual e ambiental é insuportável.



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